Características Gerais da Cidade

Situado ao norte da porção central do Estado de Alagoas, na Microrregião serrana dos Quilombos, a cidade de Chã Preta se caracteriza como uma simples cidade interiorana. A 98 quilômetros distante da capital do Estado, ainda guarda características e peculiaridades daquela pequena cidade que não fecha suas portas para dormir. A brisa fria e o silêncio da rua são um convite àqueles que gostam de jogar conversa fora à espera do sono. Se algo acontece, toda a cidade se levanta para matar a curiosidade. De manhãzinha, o leite ainda quentinho é vendido nas calçadas. De longe se vê a fumaça saindo da chaminé da padaria. E se alguém morre, logo se ouvem as badaladas do sino que acompanha o cortejo até o cemitério. E é com essa vida própria que a pequena cidade mantém e preserva suas tradições e os hábitos do seu povo.
Ocupando uma área de 201,29 km², e altitude média que varia entre 400 e 600 metros, o município, como um todo, desfruta de correntes de ar e de chuvas esporádicas durante todo o ano. O verde de seus campos é o retrato do seu clima.
O município apresenta também um grande potencial turístico. È fácil destacar em seu espaço geográfico, no histórico do seu surgimento, aspectos culturais, tradições folclóricas que já foram, inclusive, destaques em nível nacional, através dos seus folguedos populares, tais como: cavalhadas, vaquejadas, guerreiro, reisado, dentre tantas outras manifestações culturais do seu povo.

Chã Preta, hoje!

























Chã Preta, antiga!















GLOSSÁRIO DO NOSSO BLOG

Altitude - É a altura vertical de um acidente ou lugar, em relação à linha do nível do mar.

Arqueozóico - Período mais longo e mais antigo da história da terra.


Bacia Hidrográfica - Terras drenadas por um rio e seus afluentes. O rio principal com seus afluentes e subafluentes constituem a rede hidrográfica.

Calcário - Rocha sedimentar de origem orgânica, que se presta ao fabrico da cal e do cimento Portland.

Censo Demográfico - O censo demográfico faz o levantamento de informações sobre a população das cidades, dos municípios, dos estados e do país. No Brasil existe um órgão oficial para realização dos recenseamentos, que é a Fundação IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) que também realiza outros trabalhos e promove os censos agropecuários, industriais, do comércio e dos serviços.

Cidade - Aglomerado de certo tamanho, possuindo atividades comerciais, bancos, médicos, dentistas, escritórios, etc, com a maior parte da população empregada nesses setores. O conceito de cidade varia muito entre os diversos países, nem todos obedecendo ao que foi dito acima. No Brasil, considera-se cidade todo aglomerado que é sede de município, não importando seu tamanho. Assim a população urbana (população que mora na cidade) em várias cidades do Brasil pode ter uma atividade agrícola, como ocorre freqüentemente em Alagoas.

Complexo Migmatítico Granítico - Denominação empregada para designar o conjunto de rochas arqueozóicas que existem em Alagoas.

Complexo Gnáissico Migmatítico - Denominação empregada para designar o conjunto de rochas proterozóicas que existem em Alagoas.

Clima - Conjunto dos fenômenos atmosféricos que caracteriza o estado médio da atmosfera de um determinado lugar. Os principais fenômenos atmosféricos são: chuva, temperatura. No tocante à temperatura os climas podem ser: quentes, temperados e frios. Quanto à chuva eles se classificam em úmidos: semi-áridos, áridos ou desérticos.

Crista - É uma forma de relevo aguçada com grande desnível de altitude. As cristas se caracterizam por apresentar predominância em uma determinada direção.

Dissecado - Relevo ou paisagem trabalhada pelos processos erosivos.

Era Geológica - É um longo período em que foi dividida a história da Terra, caracterizado pela ocorrência de fatos semelhantes. Temos as Eras Primitiva, ou Pré-Cambriana, Primária ou Paleozóica, Secundária ou Mesozóica, Terciária e Quaternária ou Cenozóica.

Gnaisse - Rocha metamórfica, de especto típico pela orientação dos minerais constituintes.

Granito - Rocha granulada de origem platônica e cor clara.

Interflúvio - É um espaço compreendido entre dois rios. Os interflúvios podem ser alto, baixo, plano ou tabular, colinoso, montanhoso.


Latitude - Distância de qualquer ponto da Terra ao Equador, medida em graus no meridiano desse ponto.


Podzólico - Solo com perfil desenvolvido, de profundidade média 1,5 a 2 metros e com diferenciação visível entre os horizontes.

Proterozóico - Período da história da terra compreendido entre 600 e 220 milhões de anos atrás.

Relevo - Conjunto das formas que se observa na superfície da Terra (terrestre).

Solo - É o resultado da decomposição das rochas em conseqüência da ação do clima e da vegetação. Existem solos férteis como o massapé e não férteis como os tabuleiros.


Zona rural - Define-se zona rural por oposição às cidades. Toda a porção do espaço que não é urbana (cidade) é, portanto, rural. Geralmente a zona rural é ocupada com a agricultura e assim a sua população é predominantemente voltada à lavoura ou à pecuária.

Folclore

Chã Preta sempre se destacou com os seus folguedos folclóricos, participando de apresentações em festas religiosas, cívicas e natalinas por todo o território nacional. É justo reconhecer um dos grandes mestres que muito contribuiu com suas pesquisas e incentivos na divulgação da cultura popular do município e do Estado: Pedro Teixeira de Vasconcelos. Atualmente suas irmãs Laurinda de Vasconcelos e Ana Célia de Vasconcelos vêm contribuindo para que os folguedos continuem existindo no município. Os trabalhos são desenvolvidos nas escolas municipais.

Grupos existentes:


- Cavalhada - Organizado por membros da comunidade, se apresentando sempre nas festividades cívicas e religiosas.
- Grupo de Capoeira - Coordenado pelo Sr. Cícero Lima, com uma equipe de aproximadamente 20 jovens.
Grupos folclóricos: Coco-de-Roda,Pastoril,Reisado,Guerreiro e Baianas desenvolvidos nas escolas municipais pela professora Ana Célia de Vasconcelos.

Símbolos Cívicos

A Bandeira, o Brasão de Armas e o Hino Oficial do município de Chã Preta foram criados através do Projeto de Lei nº 09/69, de autoria do Professor Pedro Teixeira de Vasconcelos e do Sr. Severino Florêncio Teixeira, no governo do Sr. Benedito Soares de Vasconcelos, aprovado no dia 06 de novembro de 1969.
Os símbolos cívicos tiveram a colaboração do Senhor Téo Brandão, Cônego João Leite, Professora Hilarina Paes, Professor José Ramos de Oliveira, compositor Juvenal Lopes e do Senhor Genésio de Melo.

HINO OFICIAL DE CHÃ PRETA:

Letra: Pedro Teixeira de Vasconcelos
Música: José Ramos

Na encosta da serra plantada
Como pedra de imenso valor
És, Chã Preta, feliz alvorada
Que aparece com grande esplendor.

Teu passado é um lema de glória,
No presente és a luz a brilhar,
No futuro terás a vitória,
Deus, por ti, está no alto a velar.

No teu manto de excelsa princesa,
No verdor dos teus campos de luz,
Tens, Chã Preta a eterna beleza
Pois teu nome, Alagoas conduz.

Tuas matas, teus rios refletem
O teu céu de um azul cor de anil
E os teus filhos com orgulho repetem
Que és pedaço do nosso Brasil.

Seja sempre teu povo exemplo
De trabalho, de luta e de paz,
Pois, Chã Preta ditosa, és o templo
Do amor que o progresso nos traz.



A BANDEIRA DE CHÃ PRETA - É constituída das seguintes cores com seus respectivos significados:


- AZUL CELESTE - representa o céu e simboliza homenagem filial à Divina Padroeira, Nossa Senhora da Conceição e ao Estado de Alagoas

- BRANCO - representa os abundantes mananciais existentes no município e simboliza o desejo de paz e prosperidade do povo de Chã Preta.

- VERDE - representa as matas, a vegetação, os grandes canaviais e as demais culturas que caracterizam o município. Simboliza também a esperança no futuro da terra.

- AMARELO OURO - representa a riqueza da terra e simboliza os fatores econômicos de Chã Preta.

- CINZA - representa a Serra Lisa e simboliza o infinito, o ponto mais alto a ser atingido.







O BRASÃO DE ARMAS:

- COROA DE PRATA - característica de cidades que não sejam capitais

- DUAS LANÇAS - lembram o folguedo mais tradicional do folclore de Chã Preta, a cavalhada, por isso, trazem as cores encarnado e azul, os dois cordões do torneio e simbolizam uma homenagem aos fundadores da comunidade de Chã Preta.

- ESTRELA AZUL - homenagem à Nossa Senhora da Conceição, excelsa padroeira de Chã-Preta a quem a piedade cristã invoca como a Estrela do Mar.

- MORRO EM PRETO - a chã onde se ergue a cidade.

- CANA E ALGODÃO - as principais culturas agrícolas de Chã-Preta. O algodão simboliza a primeira bolandeira instalada na região, que teve como pioneiro Izidro Atanásio de Vasconcelos Teixeira. A Cana-de-açúcar simbolizando o Engenho de rapadura existentes na época.


Economia

Agricultura:

O município é exclusivamente agrícola, se destacando o assentamento Santa Fé, com produção e escoamento organizado através de Associações. No município também se cultivam: laranja, batata doce, mandioca, banana, manga, inhame, feijão, milho e cana-de-açúcar. Mesmo apresentando alguns avanços, o êxodo rural já trazia algumas conseqüências graves na produção agrícola. Um artigo de Roldão Oliveira, publicado no Jornal Voz da Serra em junho de 1953, já denunciava o despovoamento do campo e a escassez de gêneros alimentícios.

Pecuária:

O município é explorado pela pecuária extensiva, com a criação de bovino, eqüino, ovino, suíno, caprino, asininos e muares. O leite produzido é levado às fábricas São Domingos, em Viçosa; e Parmalat, em Pernambuco.


Rodovias:

O Plano Rodoviário do Município de Chã Preta foi estabelecido através do Projeto de Lei nº 10 de 1969 pelo então primeiro prefeito eleito Benedito Soares de Vasconcelos. O plano abrange oito (08) rodovias:
-Partindo da sede do município até a divisa com o município de Correntes no Estado de Pernambuco, na localidade Apipuco, através das fazendas Serraria, Jiquiá, Monte Verde, Praxinhos e Serra da Imbira, com a extensão de 10 quilômetros.
-Partindo da cidade de Chã Preta, até a Serra do Cafuxi, divisa com o município de União dos Palmares, através da Fazenda Borges, povoado Tobias, Fazenda Boa Esperança, Minas e Laranjeiras, com a extensão de 25 quilômetro.
-Partindo da rodovia AL – 102 a Fazenda Beleza, até o limite com o Município de Viçosa, na Usina Recanto, através da propriedade Bonito, com a extensão de 10 quilômetros.
-Partindo da rodovia AL-102, na localidade Erva de Rato, até a divisa de Viçosa a altura do Rio Caçamba, na propriedade Flor do Caçamba, com a extensão de 9 quilômetros .
-Partindo da CP 01, na altura da Fazenda Serraria, até o Rio Caçambinha, no Engenho Capricho, divisa do município de Quebrangulo, através das fazendas Bom Sucesso, Santa Terezinha, Mata Limpa e Engenho Capricho, com a extensão de 8 quilômetros.
-Partindo da CP 01 a altura da Serra da Imbira, até o povoado cigana, com a extensão de 6 quilômetros.
-Partindo da CP 03 na Fazenda Valparaiso até a Fazenda Boa Esperança, com a extensão de 5 quilômetros.
-Partindo da CP 01, à altura da propriedade Xavier, através da Fazenda Mulungu, até a localidade Serra Lisa, nas divisas do município de Correntes.

Populaçao

Composição da população:

A partir do Censo 2000, pode-se verificar o quadro populacional do município, o qual apresenta um total de 7.760 habitantes residentes, 3.672 de população urbana e 4.088 de população rural.
O Censo 2000 também apresenta uma população de maioria masculina com um total de 3.965 homens e 3.795 mulheres.

Populaçao residente:
MUNICÍPIO ANO TOTAL URBANA RURAL
CHÃ – PRETA 2000 7.760 3.672 4.088

Distribuiçao por sexo:
MUNICÍPIO ANO TOTAL HOMENS MULHERES
CHÃ-PRETA / AL 2000 7.760 3.965 3.795

Populaçao residente de 10 anos ou mais de idade:
MUNICÍPIO ANO TOTAL ALFABETIZADA TAXA DE ALFABETIZAÇÃO (%)
CHÃ-PRETA 2000 5.792 3.391 58,5


Em se tratando de população residente de 10 anos ou mais de idade, o Censo 2000 registra um total de 5.792 habitantes, com uma taxa de 58,5%, o que corresponde a 3.391 habitantes alfabetizados.
Esses dados podem ser melhor analisados se observarmos os registros de matrícula do ano de 1968. Nessa época o município apresentava um total de 25 escolas, com um total de 1.074 crianças matriculadas apenas no ensino primário. Não existiam matrículas nas demais modalidades. Passados 35 anos e observando o quadro da educação infantil com 480 alunos matriculados; 1ª a 4ª série, 1.334 alunos; 5ª a 8ª série, 114 alunos e Educação de Jovens e Adultos, 233 alunos; totalizando 2.161 alunos matriculados em todo o município. Fica fácil entender porque a taxa de alfabetizados é tão baixa, e o que é mais grave, isso vem comprovar que a educação não tem sido prioridade nas gestões administrativas.

Evolução da população:

O êxodo rural é um fenômeno que se caracteriza com o abandono do campo pelo homem que sai em busca das cidades. Fugindo do campo, por motivos variados, o ele procura nos centros urbanos melhores condições de vida, conforto e principalmente emprego. O sucesso esperado não ocorre com todos esses trabalhadores que quase sempre saem carregados com toda sua família. Com o êxodo rural ampliam-se a diminuição da população rural, a diminuição da mão de obra rural, a diminuição da produção agrícola e, conseqüentemente, a elevação do custo de vida. Enquanto que nas cidades crescem o desemprego, o subemprego e a falta de habitações. Gerando preço elevado nos aluguéis de imóveis; formação de favelas; especulação imobiliária; desapararecimento do cinturão verde que envolve a cidade; deficiência nos serviços públicos urbanos como água encanada, esgoto, transporte coletivo e coleta de lixo; crises de abastecimento no mercado urbano, com a falta de gêneros alimentícios e marginalidade social com delinqüência, mendicância e prostituição. Até 1960, predominava no Brasil a população rural. No recenseamento de 1970 já se constatava o predomínio da população urbana, com 56% do total nacional.


O êxodo rural em Chã Preta:

A existência de uma emigração significativa de Chã pretenses do campo para a cidade merece atenção bem mais efetiva da que tradicionalmente dispensa ao setor. De acordo com os dados pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, Chã Preta apresenta um decréscimo na sua população residente que vai de 10.658 (Censo 1970) passa para 10.157(Censo 1980); 8.196 (Censo 1990) e 7.760 habitantes no ano 2000.


Evoluçao da populaçao residente de 1970 a 2000:

MUNICÍPIO ANO TOTAL URBANA RURAL
CHÃ PRETA / AL 1970 10.658 915 9.743
CHÃ PRETA / AL 1980 10.157 1.898 8.259
CHÃ PRETA / AL 1990 8.196 3.019 5.177
CHÃ PRETA / AL 2000 7.760 3.672 4.088




Decorrente do êxodo rural, um outro fato que também merece atenção é o aumento da urbanização. Conforme dados pesquisados a população residente na zona urbana apresenta um acréscimo que vai de 950 habitantes (Censo 1970); 1.898(Censo 1980); 3.019 (Censo 1990) e 3.672 residentes, (Censo 2000).

Enquanto isso, na zona rural a população desce de 9.743 habitantes (Censo 1970), para 8.259 (Censo 1980), 5.177(Censo 1990) e 4.088 (em 2000)


Segundo informações levantadas em 1962 pelo agente municipal de estatística do Instituto Brasileiro Geográfico e Estatístico – Inspetoria Regional de Estatística Municipal verifica-se que nesse ano Chã Preta possuía a usina Recanto, produzindo açúcar de cana com 56 operários; o engenho Monte Verde que produzia rapadura e outros derivados com 08 operários e mais o Engenho Serraria, produzindo rapadura, com 08 operários. Na produção agropecuária, se destacava a Cana de açúcar, algodão, feijão, milho, mandioca, café e criação de bovino, fato que comprova a permanência do homem vivendo no campo.

O ambiente sócio-econômico

Ocupação da área:

O levantamento histórico do município teve como base consultas ao periódico Jornal “Voz da Serra”, boletim informativo do Ipiranga Clube de Chã Preta, com sede na vila de Chã Preta, distrito de Viçosa. Seu primeiro exemplar é de 16 de julho de 1953. Seus fundadores, Florêncio Teixeira e Pedro Teixeira, professores e intelectuais da região, que se dedicaram às pesquisas sobre as origens do município. Além da contribuição do agrônomo e radialista José de Arimateia, também pesquisador dos fatos históricos.


Origem do Nome:

Há duas teorias sobre o nome do município:

a) Existia na propriedade da família Canuto uma faixa de terras com coloração escura, bem preta, que influenciou no nome da propriedade, denominada Chã Preta.

b) É o fato tradicional originado pelo motivo das queimadas que anualmente se faziam nestas terras doadas por D. Terezinha Brandão, desde o tempo de seu pai Raimundo da Silva. Os trabalhadores, moradores e viajantes da região e de outros locais observavam, com grande destaque, devido à elevação deste local, a chapada ou chã bem preta.
No entanto, há outra corrente de opinião que não descarta esta origem nominal tão lógica e nítida, mas apenas acrescentando outra história. Dizem que moravam perto da chã duas famílias de pessoas de pele escura, isto muito antes da povoação, e os viajantes que percorriam o velho caminho Viçosa - Chã Preta - Correntes, gostavam de parar nesta região e para a identificar diziam que eram as terras onde residiam os negros, perto de uma chã e, para encurtar: "naquela chã dos negros ou naquela chão dos pretos e depois Chã Preta". Acreditamos que estes negros sejam descendentes diretos ou até mesmo os próprios escravos fugitivos ou libertos do tempo do Quilombo dos Palmares.
O pesquisador Pedro Teixeira reforça em matéria publicada no “voz da Serra” nº 29 de 1991 que a cidade Chã Preta não começou no mesmo local onde se encontra atualmente. “Rezam as crônicas que havia na colina do Bom Conselho uma aldeia de negros pertencentes ao Quilombo dos Palmares”.


Primeiras casas:

Foi o agricultor Belarmino Ferreira da Silva, Velho Belo, quem primeiro edificou casas no povoado nascente de Chã Preta.
A primeira casa por ele construída foi a atual casa de Firmino Teixeira de Vasconcelos Neto e Ana Célia de Vasconcelos e as demais foram onde localizou-se o armazém de Firmino Neto e a atual casa do comerciante e agricultor Manoel Caetano Ferreira.
O Velho Belo residiu em sua primeira casa, vendendo-a depois a Pedro Torquato Brandão e as outras a Francisco Eduardo de Godoy, isto pelos anos de 1908 a 1910. Depois ele construiu uma outra casa onde fixou moradia e que deixou para as filhas Olívia e Josefa Belarmino da Silva - As Belas.
Belarmino da Silva foi o verdadeiro engenheiro urbano pioneiro do novo povoado, edificando várias outras casas e as vendendo.
Vindo de Buíque (PE), em 1906, o Velho Belo morou antes na fazenda Raposa onde casou-se em segundas núpcias com Belarmina Maria da Conceição, nascendo além das filhas já citadas, uma outra, Viturina da Silva.
Outro pioneiro foi o Sr. Pedro Torquato Brandão, ao comprar a casa do velho Belo, instalou a primeira loja de molhados e mais tarde de molhados e padaria (segunda do povoado).
Foi Pedro Torquato o primeiro negociante de molhados em Chã Preta. Era ele, filho do colonizador Francisco Torquato Brandão que veio a estas terras em 1890.
Pedro Torquato era casado com Maria das Neves Brandão, irmã de D. Terezinha, e grande benfeitora de Chã Preta.
Foi esse pioneiro habitante um esteio seguro da criação do povoado e morava no engenho de seus pais.
Francisco Eduardo de Godoi instalou nas casas compradas uma loja de tecidos que mais tarde passou para seu genro José Teodoro de Lima - Zezinho - casado com sua filha Julita de Godoi. Essa loja foi uma das mais bem equipadas da região, vendendo de tudo.
Chico Eduardo veio de Brejão (PE) e foi figura importante no começo do povoamento.
O Sr. Manoel Curiel foi outro que instalou-se nas terras da cidade, construiu uma casa, instalando nessa a primeira padaria do povoado, vendendo-a anos depois a Antonio Cabral. Atualmente onde se localizava essa padaria ergue-se o patrimônio pertencente ao comerciante Holophenes Fernandes Lima.
Hermenegildo Brandão - velho Melo Brandão - ergue também uma casa, onde hoje reside a Sra. Creuza Albuquerque Lima, viúva do tabelião Tilgathpilnezer Fernandes Lima.
Em 1910, o capitão Canuto de Souza, instalou uma casa de tecidos, permanecendo, no entanto, em sua fazenda Chã Preta. A loja situava-se onde hoje localiza-se a Casa Celestino, de Maria Tributino dos Santos, viúva do comerciante e agricultor Manoel Celestino dos Santos.
Muitas outras casas foram sendo edificadas e habitadas por pessoas das redondezas do povoado, como moradores, rendeiros e até fazendeiros que construíram casas para passar os dias de feira bem acomodados e também guarda de mantimentos e produtos. Os demais habitantes vinham de diversos pontos do Brasil, notadamente do sertão de Pernambuco.
Um outro destaque foi uma faixa de terra deixada como herança pelo Sr. Romualdo Brandão de Albuquerque à sua filha Tereza de Jesus Brandão (D. Terezinha). Essa terra foi doada a Nossa Senhora da Conceição. Daí então, aglomeraram-se moradores, formando-se um povoado.




Colonização:


A região onde se situa Chã Preta era desabitada e coberta de espessa mata. Uma estrada tortuosa, que ora margeava o rio Paraíba seguindo bem de perto das suas barrancas, ora se distanciava, internando-se pelo coração da floresta, dirigia-se para o sertão (alagoano e pernambucano).
Os primeiros habitantes, remonta dos tempos da pré-descoberta do Brasil, quando chegaram os CAAMBEMBES - sub-tribo dos Caetés - nesta região, oriundos do litoral e da foz do rio São Francisco onde viviam antes de serem expulsos pelos Tupys e Tabajaras, por serem os Caetés um povo alienígena e que viviam em contínuas lutas com os vizinhos (Tupys e Tabajaras).
A palavra Caambembe significa: CAA - mato; MENBY - flauta, gaita ou buzina, dando "mato de gaitas". Eles eram amigos da música.
Após o assassinato do primeiro bispo do Brasil, em 1556, houve uma perseguição ostensiva do governo aos Caetés, assassínios do bispo, que foram esmagados, escapando poucos. Estes poucos fugitivos debandaram para o sertão onde viveram miseravelmente e, anos depois, alguns de seus descendentes voltaram às matas e montes de onde foram massacrados.
No entanto, a região do município não ficou desabitada já que vários índios de outras raças, negros e brancos que ajudaram o governo nesta perseguição aos Caetés fixaram residência aqui.
Mais tarde apareceriam, também, os negros que formaram o Quilombo dos Palmares (século XVII) tendo núcleos quilombolas em pontos viçosenses como: Sabalangá, Mata Escura, Chã dos Cacos, Bananal, Osenga, Serra do Bananal, Floresta, Serra do Cavaleiro, Mata Limpa, Caçamba, etc.
Foram os índios, brancos e escravos acima citados que introduziram a primitiva exploração agrícola e pecuária nesta região.
A partir da fundação de Viçosa por parte do agricultor Manoel Francisco, em 1790, muitos outros agricultores e aventureiros, brasileiros e portugueses, juntaram-se aos primitivos, incrementando ainda mais a nossa colonização que só a partir da época dos velhos Engenhos - um dos fatores principais da fixação do homem nesta terra - fundados pelos fidalgos portugueses.
O primeiro engenho fundado nessa área foi o Bananal, erguido pela família Carneiro da Cunha em 1836 e que por último pertenceu ao Cel. Quitiliano Victal dos Santos e sua esposa Isidória Maria dos Santos um dos troncos da família Teixeira de Vasconcelos e Vasconcelos Santos de Chã Preta.
Depois apareceram os engenhos: Boa Sorte, em 1840, pertencente ao português José Martins Ferreira, casado com a cabocla luso-indígena Maria Barbosa da Silva Ferreira, filha do também português Raimundo José da Silva e da índia Maria Jesus da Silva; Barro Branco, de Pedro José da Cruz Brandão, em 1846; e, o Jacu, de Affonso Albuquerque Mello que, anos depois, funda o Bom-Sossego, tão ligado à história champretense.
Iniciava-se assim o desenvolvimento econômico, político, cultural e populacional da área já ocorrendo alguns núcleos de adensamento populacional, entre os quais destacava-se o de Viçosa, que, em 13-10-1831, passou à categoria de vila dependente de Atalaia; e, em 16-05-1892, era emancipada politicamente.
As terras chã pretenses, encontravam-se povoadas - uma fazenda aqui, outra lá adiante - e nossos colonizadores edificavam engenhos e formavam fazendas agropecuárias, ao tempo em que, para tais atos, faziam desaparecer a mata espessa para dar lugar ao canavial e ao capim.
Dentre vários engenhos que surgiram na região, destaque para o Engenho Bom Jesus, 1846, de João Tenório, que é considerado o primeiro engenho de Chã Preta. Seguido pelos Engenhos Bonito, são Sebastião, Caçambinha, Flor do Caçamba, Caçamba, Erva de Rato, Jundiá, Boa Esperança, Recanto (mais tarde Usina Recanto), Belo Cruzeiro ou Três Paus, Novo Perluche, Paraibinha, Cana Brava, Riacho Seco, Floresta, Engenho Monte Verde, São Pedro, Bom Sucesso e Engenho Chã Preta.
Engenhos, sítios e fazendas marcaram os principais momentos de colonização da região.

Povoado:

O povoado Tobias (Bom Sossego) foi o primeiro e principal núcleo urbano das atuais terras do município de Chã-Preta. O Tobias era um engenho fundado por Afonso de Albuquerque Melo em 1856 e possuía uma igreja onde ao seu redor erguiam-se casas. Existia ainda uma feira dominical e um rico acervo folclórico, se destacando o reisado do Tobias. Com o passar dos tempos, a divisão de terras o Tobias fica totalmente vazio e é tomado por cana e capim.
Nesses tempos, em torno das terras do Sr.Manoel Romualdo José da Silva, também construiu uma igrejinha na sede do seu engenho, colocando sob o patrocínio de Nossa Senhora da Conceição. Nessa havia novenas, terços e outros atos de fé do povo da redondeza, que elegeram Nossa Senhora da Conceição como a padroeira do povoado. Dona Terezinha de Jesus Brandão, herdeira de uma determinada faixa de terras, doa seu patrimônio a Nossa Senhora da Conceição. Com a doação outros moradores surgem, a feira do Tobias é transferida para esse povoado. Pouco depois D. Terezinha edifica uma nova e ampla igreja em suas terras. O lugar já chamado de Chã Preta tornava-se, assim, o novo povoado. A luta agora era elevar o povoado de Chã Preta à categoria de Vila. Com a feira regular, vários engenhos e fazendas, muitas outras casas foram edificadas e habitadas por pessoas da região, das redondezas do povoado, como moradores, rendeiros e até fazendeiros que construíam casas para passar o dia de feira bem acomodado e também guardar mantimentos e produtos. Muitas pessoas vinham comercializar em Chã Preta, principalmente do sertão pernambucano. A feira foi decisiva para que a vila se desenvolvesse.

Vila:
Por Decreto Estadual de Lei nº 2.435 de 30 de novembro de 1938, o poder executivo de Alagoas dava a Chã-Preta o título de Vila ou Distrito de Viçosa. (Diário Oficial de 04/12/1938). Para tal conquista muitos filhos da terra e amigos contribuíram, os trabalhadores rurais, intelectuais, comerciantes, e os líderes da região, entre os quais destacam-se: Major Firmino, Dr. Chico Teixeira, Cel. José Teixeira, Izidro Teixeira, Cosme Canuto, Narciso e Izidro Vasconcelos, Cupertino Tenório, Brandão Vilela.

Emancipação política


No dia 03 de fevereiro de 1962, era aprovada a Lei Estadual nº 2.432 na Assembléia Estadual e sancionada pelo então governador Luiz Cavalcante de Souza em 15 de fevereiro de 1962, (em anexo) ocorrendo à instalação oficial do novo município no dia 11 de março de 1962, que figura como data da sua Emancipação política.
O primeiro prefeito nomeado foi o Sr. Benedito Soares de Vasconcelos, que governou o município de 11 de março à 28 de dezembro de 1962. No dia 28 de dezembro de 1962 toma posse o primeiro prefeito eleito, Cosme Canuto de Souza – administrando a cidade até 31/01/1969, quando se elege através do voto popular o Sr. Benedito Soares de Vasconcelos. Daí em diante a população escolhe:
• Firmino Teixeira de Vasconcelos;
• Audálio de Vasconcelos Holanda;
• José Klinger Soares Teixeira;
• Benedito Soares de Vasconcelos
• José Klinger Soares Teixeira;
• Paulo Duarte;
• Audálio de Vasconcelos Holanda.
• Rita Tenório

AS BASES GEOAMBIENTAIS





Clima:

Considerando a classificação de Gaussen e Bagnouls, que tem como base a precipitação e a temperatura média com as quais calcula-se os dias biologicamente secos, e, conseqüentemente faz-se a classificação climática de uma área, observa-se que o município de Chã Preta está situado entre as linhas de 90 a 120 dias secos no decorrer do ano. Esse fato caracteriza um clima sub-úmido com vegetação de floresta Estacional Semidecidual em relevo submontana e montana.
A circulação atmosférica é considerada por frentes frias que alcançam a região Nordeste nos meses de junho, julho e agosto (inverno) propiciando chuvas durante esta estação. A precipitação anual varia de 900mm nos anos mais secos a 1750mm nos mais úmidos ou chuvosos, favorecendo um excedente hídrico de 3 a 6 meses. A deficiência hídrica anual situa-se entre 100 e 350mm.
Quanto à temperatura, a média anual é de 23,5C, com médias no mês mais quente (Janeiro) de 25 e no mês mais frio (julho), oscilando entre 20 e 22C. A evapotranspiração real varia de 600 a 800mm.

Geologia:

Geologicamente, o município compreende terrenos do embasamento cristalino que datam do Arqueozóico e Proterozóico e compõem geotectonicamente o Maciço Pernambucano - Alagoas, pertencente à Província Borborema, composto por duas unidades : o Complexo Gnáissico – Migmatítico e o Complexo Migmático – Granítico, formado por gnaisses, migmátitos, diatexitos, honeblenda biotita – granito porfiroide, biotita granito, granito e granodioritos.
Seus recursos minerais são: ametistas, cristal de rocha, ferro, calcário e material de construção.

Hidrografia:

O município integra a bacia do rio Paraíba do Meio, de Vertente Atlântica, formador da Lagoa Manguaba, a maior do Estado, e que junto à Lagoa Mundaú forma o Complexo Estuarino - Lagunar Mundaú/Manguaba.
Localizado em área de altitudes altas, no município nascem muitos rios de 1ª ordem, que correm para afluentes e subafluentes dos rios Paraíba e Mundaú. Para a bacia do rio Paraíba, correm os riachos Monte Verde, Caçambinha, Espalhado, Samburá, Riachão, entre outros, e, no Mundaú, deságuam o Bom Destino e Santa Fé que escoam para o norte do município e lançam suas águas no Mundauzinho, afluente do Mundaú.
Esses rios têm suas enchentes concentradas entre 4 a 6 meses, período em que ocorrem as chuvas na área do saliente nordestino. O excedente hídrico varia de 200mm a 700mm, o que permite um volume de água disponível, que varia de 200.000 a 700.000 m³/Km²/ano.

Relevo:
Localizado na superfície dissecada do Rio Paraíba do Meio (Costa, 1998), caracteriza-se por apresentar relevo movimentado com formas dissecadas e rampeadas na direção leste. Geograficamente encontra-se no Vale do Paraibinha, um dos principais afluentes do Paraíba em terras alagoanas.
O relevo caracteriza-se pelo predomínio de formas convexas e aguçadas oriundas da dissecação diferencial, formando vales ou sulcos estruturais em “V”, escarpas abruptas, cristas simétricas e linhas de cumeadas, dando origem a interflúvios estreitos. No município encontra-se o segundo ponto mais alto do Estado, a Serra Lisa, ou do Cavaleiro, com 849m de altitude.
Quanto a dinâmica ou susceptibilidade à erosão, apresenta forte instabilidade em virtude das declividades que variam de 30° a mais de 45°, portanto, de fortes a muito fortes. A ação antrópica, retirando a vegetação natural, favorecem a ação da gravidade e das chuvas sobre as encostas. Cobertas por colúvios constituídos por material desagregado, portanto facilmente transportável para as partes mais baixas.
Por ser uma área que recebe chuvas regulares, o processo dominante é o intemperismo químico que favorece a formação do manto de intemperismo. Com a retirada da vegetação original e a ocupação, a princípio com cana-de-açúcar e posteriormente com a pecuária, ocorre o assoreamento do curso d’água, o que aumenta o nível do leito e propicia enchentes. Vale ressaltar que a cidade se encontra num divisor de água, o que não lhe possibilita problemas de enchentes.

Solos:

Em função de sua localização e da junção de fatores físicos - ambientais, em Chã Preta predominam os latossolo vermelho amarelo distrófico a norte do município e os podzólicos vermelho amarelo equivalente eutrófico no Sul. Ambos apresentam textura argilosa. Representam solos mais antigos, desenvolvidos sob clima quente e úmido, o que propiciou o desenvolvimento de vegetação florestal de grande porte.

Vegetação:

A área do município era toda ela recoberta pela floresta estacional semidecidual, por se encontrar na faixa dos 90 aos 120 dias biologicamente secos na classificação climática. O conceito de Região da Floresta Estacional Semidecidual relaciona-se ao clima de duas estações, uma chuvosa e outra seca, ou com acentuada variação térmica. Estes climas determinam uma estacionalidade foliar dos elementos arbóreos dominantes, os quais têm adaptação ora à deficiência hídrica, ora à queda da temperatura nos meses frios. Na área em que se situa o município de Chã-Preta, o clima apresenta duas épocas típicas, uma chuvosa e outra seca, caracterizando essa classe de vegetação. Espécies: Pindoba, ou palmeira verdadeira (Attalea sp.), Visqueiro(Parkia pendula), Sapucaia (Lecythis pisonis), Urucuba (Virola surianensis), Peroba (Aspidosperma gardneri) e Mamajuda (Sioanea obtusifolia). Refúgio ecológico montano (campos de altitude) Canela-de-ema (Vellosia sp.), Amaranthaceae, Bignoniaceae, Cactaceae, Ericaceae, Ericaulaceae, Orchidaceae.

Limites

Norte - Correntes (PE) e Santana do Mundaú (AL)
Sul - Viçosa (AL)
Leste - União dos Palmares (AL)
Oeste - Quebrangulo(AL)

Delimitaçao do Municipio de Cha Preta

De posse da Folha MI - 1524 / SC.24-X-D-III, do Ministério do Exército, Diretoria de Serviço Geográfico, foi possível visualizar o município de Chã Preta - Al na Escala 1:100.000. No segundo passo, foi delimitado o município a partir da Lei nº 2.432 de 03 de fevereiro de 1962 que estabelece os seguintes limites:
“A começar dos limites da propriedade Baixa Funda com a propriedade Beleza, no local denominado Cachoeira Grande, segue rio acima com suas voltas e revoltas até a propriedade Niterói de herdeiros de dona Francisca Holanda Cavalcante (Dona Chiquinha), daí fazenda canto, segue em direção do norte, limitando-se com a referida propriedade de herdeiro de dona Chiquinha com as terras de Oséas Teixeira Vasconcelos, denominada Gatos, aí fazendo canto, segue em linha reta até a Chã da Serrinha da propriedade Capricho, daí fazendo canto, segue pelo riacho Caçambinha acima com suas voltas e revoltas até encontrar a Chã da Serra Lisa, dividindo-se estas áreas pelo limites do município de Quebrangulo. Da Chã da Serra Lisa segue dividindo-se com o município de Correntes, Estado de Pernambuco pelo riacho Mundaú Mirim com suas voltas e revoltas até encontrar na propriedade chamado Mundauzinho, de Pedro Lulu a estrada que liga de Correntes, acima de Capela, neste Estado, passando pelo povoado Cigana, propriedade Cafuxi, até a propriedade Riacho do Ouro, digo, do povoado Cigana, passando pela propriedade Riacho do Ouro daí então pela propriedade Cafuxi, até a propriedade denominada Queimados, dividindo-se com os município de Santana do Mundaú e Capela, daí fazendo canto segue em direção ao poente pela estrada de rodagem que liga esta propriedade à Usina Recanto até encontrar a linha divisória da propriedade Santa Cruz, de José Tenório Neto, seguindo pela divisão da mesma propriedade Santa Cruz com as terras da Usina Recanto, até encontrar as terras da propriedade Bonito e Raposa, até encontrar as terras da propriedade Baixa Funda, seguindo pelos limites desta propriedade com a propriedade Beleza, até encontrar o rio Caçamba no local denominado Cachoeira Grande, ponto inicial deste limite”.




Localização

Localizado no extremo-norte da porção central do Estado de Alagoas na Microrregião Serrana dos Quilombos; Zona Fisiográfica da Mata, encontra-se entre os paralelos 9º 10' 46'' e 09º 19' 20'' de Latitude Sul e os meridianos 36º 11' 10'' e 36º 21' 08'' de Longitude W de Greenwich. A Sede do Município é cortado pelas coordenadas 9º 15' 19'' de Latitude Sul e 36º 17' 46'' de Longitude W de Greenwich. Ocupando uma área de aproximadamente 201,29 km² e área urbana com 1,5 km² está a 463 m de altitude e distante de Maceió 98km.